A Terapia de Contensão Induzida (TCI) é um tipo de tratamento com abordagem comportamental da neuroreabilitação derivada de estudos da neurociência básica (TAUB & USWATTE, 2006). Ou seja, é a contenção do membro superior mais utilizado e o treino intensivo do membro superior menos utilizado através da realização tarefas orientadas com repetições, reforçando a importância da atividade e transferindo para a vida real.
A terapia é indicada para crianças com Paralisia Cerebral, Paralisia Braquial Obstétrica, Hemiplégicas e AVC. De acordo com os estudos, o cérebro dessas crianças negligencia o uso do membro superior lesionado. Por isso, a importância da intervenção precoce com a TCI, que promove a reorganização cortical do mesmo lado e mudanças funcionais significativas.
As crianças com hemiplegia nunca utilizaram o seu membro superior (MS) lesionado normalmente, considerando que a atenção da criança está voltada para a mão sadia, com o MS mais estendido, enquanto a postura flexora instala-se no braço afetado. Déficits sensoriais passam a instalar-se e o MS afetado pode ser rejeitado.
Quanto mais cedo a criança receber a intervenção em TCI, mais efetivos serão os resultados. Os estudos também evidenciaram que pacientes com baixa funcionalidade podem se beneficiar de terapia combinada TCI mais Tecnologia Assistiva mais Terapia Neuroevolutiva (Bobath).
O protocolo da TCI Pediátrico é um tratamento intensivo utilizado em crianças de 2 a 16 anos, com restrição do membro não afetado por 24hrs, praticando atividades com tempo de 3hrs na terapia pelo período de 21 dias, ocorrendo ganho de habilidade motora do membro superior lesionado.
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